sábado, 12 de janeiro de 2019

1. O Homem Consciente

Por algum tempo eu procurei um curso teológico sem um lado religioso, que fosse focado apenas em Deus e não em religião alguma.
Pois é, não encontrei. Assim resolvi começar a minha própria pesquisa.
Publicarei aqui alguns resultados desta pesquisa, compartilhando algumas descobertas sensacionais.
Esta não é uma pesquisa religiosa.
Se você quer conhecer mais sobre as religiões, indico a leitura do livro “O Livro das Religiões, 1989 HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry e GAARDER, Jostein”.
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O desenvolvimento da cultura e do pensamento humano acompanhou a sua evolução, desde os primeiros hominídeos até o ser humano moderno.
E o divino acompanha e está relacionado diretamente a este desenvolvimento.
 O fato é que o divino sempre esteve próximo ao homem. Seja na imaginação, na história ou mesmo na negação da existência dele.
E olhando para o mundo hoje, percebemos que a crença no divino é importante e inseparável da nossa história e desenvolvimento, impactando de forma direta as nossas escolhas.
Quanto as religiões, elas não deixam também de ser importantes. Elas emulam, transformam, criam, desenvolvem, ensinam. Assim como também matam, cegam e são usadas como ferramentas ideológicas. (Aparelhos ideológicos do Estado, como teorizou Louis Althusser sobre as formas de controle não brutais sobre as massas, usadas pelos governos e classes dominantes).
Já no que se refere aos livros sagrados para as religiões, gostaria de salientar que farei apenas estudos históricos, sem cunho religioso.
Também gostaria de frisar que os fatos bíblicos não estão narrados em ordem cronológica exata, já que o antigo testamento é feito por diversos livros hebreus, de diferentes épocas.
Atenção: Aqui postarei algumas referências bibliográficas. Não deixe de fazer também a sua pesquisa e, quando achar necessário, enviar sugestões de como ampliar este estudo.
Mas não deixe de fazer você também a sua pesquisa, não dependa apenas deste estudo.
Algumas informações sobre civilizações estão incompletas, servindo apenas como referências temporais.

 Fig. 1
A Criação de Adão, afresco pintado por Michelangelo por volta de 1511 e fica no teto da Capela Sistina. A cena representa um episódio do Livro do Gênesis no qual Deus cria o primeiro homem: Adão.

2. O Divino

Em um primeiro momento, não levarei em consideração a Antropologia ou Etnografia das sociedades humanas, apesar de achar estes estudos imprescindíveis e inseparáveis dos estudos religiosos.
Porém prometo muito em breve fazer este estudo de forma completa, abrangendo os estudos sociais necessários para tentar entender qualquer escolha do ser humano através da história.
Bem, o desenvolvimento da cultura e do pensamento humano acompanhou a sua evolução, desde os primeiros hominídeos até o ser humano moderno. Podemos definir três momentos que apontam para essa evolução: desconhecimento, a crença e a ciência:
Em um primeiro momento, entre os primitivos caçadores nômades predominava um desconhecimento em relação às causas dos fenômenos naturais Em seguida veio a crença, por intermédio das quais se buscava explicações para os fenômenos naturais, gerando superstições.
As religiões antigas relacionavam os fenômenos naturais à vontade dos deuses.Toda cultura humana já teve o seu Deus, ou os seus deuses.
“As mais antigas sepulturas da pré-história datam de 80.000 a.C. (período paleolítico inferior).
Revelam a existência, no homem pré-histórico, de espiritualidade e de senso religioso.
Quanto mais se recua no tempo, mais difusos se parecem os ritos funerários e eles podem se manifestar de diversas formas: as pinturas das cavernas e os artefatos e utensílios que cercavam os mortos, revelam cuidados especiais para com os corpos dos mortos.
Os rituais funerários da pré-história são o indício da espiritualidade do homem, desde os primórdios da sua pré-história.” Sebilia, Andres ,21 de Março de 2017, disponível no sítio https://prezi.com/zr2hu4h-gzkz/enterro-e-culto-aos-mortos-na-pre-historia/

 Fig. 2: Sepultura com o "menino de Lapelo", datado de 24.500 anos atrás que permite documentar um tipo de mosaico resultante de uma miscigenação entre o Homem Moderno e o Homem de Neandertal.

 




 Mas quando o homem passou a acreditar que é a criação do Divino? Quando o homem moderno passou a ter consciência de um Deus e da Sua criação? Ou ainda, quando o homem passou a ter uma consciência?
E quando o homem passou a ser tão malvado e a buscar desesperadamente pela bondade?
Vamos pesquisar a respeito, analisando fatos e descobertas históricas.
Aqui postarei apenas algumas pesquisas feitas através de livros, artigos e notícias.
E devemos nos lembrar que é apenas uma pesquisa, não representando nenhuma verdade absoluta a respeito de nada. Cada um tem a sua avaliação e interpretação dos fatos.
Algumas fontes nos levarão a mitologias muito conhecidas (em mitologia, o termo mito não conota uma história falsa, mas a uma história que geralmente não é julgada quanto à ser uma verdade ou uma falsidade).
Infelizmente alguns usam a palavra mito e mitologia para desacreditar as histórias de uma ou mais religiões.
Vamos lá?

3. Um Deus Pré-histórico

Origem na Terra (400 mil A.C. – 100 mil A.C.)
A invasão humana teve início, provavelmente, entre 160 e 135 mil anos atrás, quando caçadores-coletores partiram da região onde se encontram os atuais países do Quênia, Etiópia e Sudão.
É possível identificar halogrupos vindos de um único DNA mitocondrial, de uma mulher africana.
Ela é chamada de Eva.
O grupo portando o halogrupo L0 dirigiu-se para o extremo sul africano.
O grupo portando o halogrupo L1 partiu em direção ao atual Congo, na África ocidental.
Outro grupo dirigiu-se a península de Bal el Mandeb portando o halogrupo L1 também.
Bem, este último grupo foi atingido pelo grande resfriamento do planeta a cerca de 90 mil anos atrás. Este resfriamento tornou a região do Saara em deserto, assim como toda a faixa de terra nesta região do globo.
Entre 85 e 75 mil anos, o halogrupo L3 atravessou o estreito de Bal el Mandeb, chegando a Arábia e enfrentando os Homo Erectus que habitavam a região.
Cerca de 45 mil anos, estava presente o homem de Cro-Magnon na região da atual Europa. Este homem tinha estatura mais alta que os outros homens (entre 1,8 e 2 metros de altura), corpos mais fortes e capacidade em representar a sua religião, crença e hábitos de forma eficiente através de desenhos e esculturas.

Fig 3: Crânio de um Cro-Magno descoberto em 1868 e reconstrução realista de como foi este ancestral europeu.
 




 
Mistério para os estudiosos é como surgiu e como desapareceu este homem. Porém muitos europeus ainda apresentam DNA deste grupo, diferente do que afirmam alguns estudiosos de que o homem moderno é herança total do Cro-Magnon.

Pré-história (aparecimento do homem moderno até 4000 A.C.)
Bem, a relação do homem com o divino ou com alguma religião na pré-história apenas pode ser especulada através de vestígios arqueológicos, com interpretações de materiais que podem nos parecer não concretos ou não reais.
Algo para nós pode parecer mágico, porém para outras sociedades este mágico apenas é uma ilusão ou invento, enquanto para outras sociedades pode este mágico ser algo que ocorre naturalmente.
Quando o homem começou a se relacionar , quando começou a criar parcerias a ajuda mútua, quando começou a explorar sentimentos pelo próximo, ele aprendeu a amar de alguma forma.
E este amor foi colocado em nossas almas.
Almas que também qualquer animal no universo pode ter.
Isto é conhecido pelos Ameríndios e por algumas culturas africanas como humanidade, em um sentido amplo onde cada espécie reconhece a humanidades dos seus, e o Pajé da tribo reconhece a humanidade de todas as espécies.
Posteriormente também nos foi dado um Espírito.
Bem, os fósseis mais antigos do homem moderno datam de aproximadamente 130 mil anos e foram encontrados na África.

Fig. 4: Bisão pintado de forma magistral na caverna de Altamira na Espanha. As pinturas nestas cavernas datam entre 16.500 A.C. à 12.000 A.C., significativamente pouco tempo se comparado com o surgimento do Homem na face da Terra. 

Com certeza nesta época nossos ancestrais já visualizavam obras de arte antigas para eles mesmos e que estão escondidas em algum lugar.

 Até 12000 atrás, o homem era nômade, caçador, pescador e coletor de vegetais.
Comum é associar a Arte com a religião nesta época. As Artes rupestres representavam a preocupação com a subsistência, por meio de desenhos relatando a caça e a fertilidade.
Alguns ritos funerários encontrados nos mostram este amor, este respeito pelo seu próximo já existente há muito tempo atrás: Na caverna de Shanidar, no Iraque, foram encontrados dois cemitérios com cerca de 10.600 anos, onde um homem foi enterrado com uma linda coroa de flores. Em La Ferrassie, na França, foram encontrados esqueletos de uma família de Neandertais, com cerca de 50.000 anos composta de um homem adulto, uma mulher adulta, uma criança de dez anos aproximadamente, uma criança de 5 anos aproximadamente, uma criança de aproximadamente 3 anos e três bebês recém-nascidos. Infelizmente estes ossos tinham também evidências de mordidas, provavelmente canibalismo.
Do período Aurignaciano (provavelmente entre 43000 e 33000 A.C.) foram encontrados na Europa e na Ásia estatuetas antropomórficas (características ou aspectos humanos e animais, deuses ou elementos da natureza), acreditam-se que com conotação mitológica e instrumentos musicais, prova de que o homem já sabia ouvir e respeitar a natureza ao seu redor.

Animismo
As primeiras crenças divinas eram formadas pelo animismo, crença em deuses da natureza, como o Sol, a Lua, deuses da floresta e dos campos, algo parecido ainda com algumas crenças africanas e de outras culturas espalhadas pelo mundo, entre elas as culturas dos povos Ameríndios.
Era o conceito de que os elementos da natureza têm espírito, diferente dos Orixás, que são ancestrais que têm poder sobre os elementos da natureza.
E da mesma forma que algumas nações africanas tinham a concepção de que seus antepassados viviam como orixás, também os romanos antigos celebravam os seus antepassados, chamados de lares (deuses protetores da família).
O animismo esteve presente nos primeiros cultos romanos, antes do estabelecimento do panteão romano. Com a conquista da Grécia, estes deuses se uniram aos deuses do panteão grego.
Da civilização do Vale do Indo (Povo da Idade do Bronze que habitavam a região que se encontra entre o atual Afeganistão até o atual norte da Índia), foram encontradas estatuetas e talismãs, dos quais em maior número uma divindade com dois chifres e braceletes nos braços, cercada por muitos animais.

Fig. 5: Faraó Aquenatão e sua família sendo assistidos pelo deus Áton, o deus do sol. Este mesmo deus se tornou, em um curto momento, o único deus egípcio, um deus que cuidava de todas as pessoas na face da terra, o primeiro culto monoteísta registrado na história com um deus universal.



 
 O politeísmo dessa região, ao misturar-se com a religião dos arianos (religião que provavelmente influenciou ou foi influenciada pelas religiões gregas, romanas e germânicas) levada a região por conquistadores indo-europeus, deu origem a maioria das crenças da atual Índia (ainda discute-se a respeito, sendo que alguns historiadores acreditam que a migração dos indo-europeus para a Índia em nada contribuiu para o desenvolvimento cultural e religioso do povo indiano).

Agricultura (12.000-6.000 A.C.)
Diante destas crenças e da sede humana por respostas, o caminho para a nossa iluminação estava traçado.
Só estava faltando conhecer o Deus criador.
Em um certo momento da história, o homem aprendeu que o pensamento positivo, a fé e a esperança poderiam lhe favorecer e trazer algumas vantagens, principalmente quando começou a se dedicar a agricultura.
A ciência agrícola foi nos dada, nos apresentada em um certo momento da história, quando deixamos de ser catadores para plantar nosso próprio alimento.
Existem grandes discussões a respeito da inicialização do homem nas técnicas de agricultura quanto ao período exato em que estas técnicas surgiram. Assim também como discussões sobre as vantagens ou desvantagens deste costume.
Para muitos é impossível imaginar vida humana sem a agricultura. Para outros, as técnicas agrícolas deram origem ao desmatamento, a superpopulação, aos conflitos militares e as diferenças sociais.
Os primeiros agricultores surgiram no período Neolítico e usavam terras próximas aos grandes rios, naturalmente fertilizadas e sem a necessidade de desmatamentos.
Isto uniu os humanos em certas regiões do mundo.
Em contrapartida quanto mais grãos um homem produzisse, mais poder ele teria sobre os que pouco produziram, agindo assim de forma egoísta.

Fig. 6: Sítio arqueológico em Muray, na região de Cusco, vale sagrado no Perú. Estes terraços provavelmente foram laboratórios de cultivo dos incas.












A monocultura realmente foi um grande passo no sentido egoísta do ser humano. Desmatar cada vez mais, para se produzir muito mais de um mesmo alimento, tendo o domínio sobre este alimento e compartilhando da forma como o proprietário bem entendesse.
E um grande passo para o surgimento de religiões, monopólios divinos concedidos a alguns para que todos a sua volta pudessem seguir suas regras.
O fato de a agricultura ser dada no início em regiões próximas aos grandes rios, que se enchiam em determinada época do ano e depois recuava, oferecendo uma grande quantidade de terra boa para o plantio e formando as primeiras comunidades, possibilitou o aparecimento das primeiras civilizações conhecidas na história, como as que habitavam o Crescente Fértil (onde surgiu a liderança por um patriarca) na Mesopotâmia, o grande Nilo no Egito e os grandes Rios da Ásia. Nestes centros foram espalhadas as histórias da humanidade e suas aventuras, algumas destas histórias das quais conhecemos. Estas foram transmitidas por via oral até o surgimento da escrita, das quais algumas passaram a ser registradas.
E no vale do grande Nilo estão alguns dos sítios arqueológicos mais ricos do planeta.
Lá por exemplo foram encontrada, no sul do Egito, ruínas de uma cidade com mais de 7000 anos de idade com cabanas, utensílios e grandes tumbas (acredita-se que a agricultura tomou forma entre 12000 e 6000A.C.).
Lá se localizava Abidos, o maior centro religioso dos Egípcios antigos, onde cultuavam a Osíris, deus vinculado a vegetação e a vida no além.
Osíris, segundo a mitologia egípcia, era filho da Terra e casado com Ísis. Osíris e Ísis teriam ensinado ao homem as técnicas agrícolas.
Durante toda esta evolução agrícola o homem sabia da existência do divino.

Gobekli Tepe (96000 A.C.)
Apesar de a Mesopotâmia ser considerada como o berço das civilizações modernas na região do Médio Oriente, um sítio arqueológico na atual Turquia concentra vestígios de uma civilização organizada e avançada habitando a região próxima ao Monte Ararat por volta de 9600 A.C.
Gobekli Tepe apresenta uma arquitetura sofisticada no que aparenta ser um templo rodeado por pilares em formato de T, além de esculturas representando animais (muitos deles inclusive não pertencem àquela região) e esculturas alinhadas com algumas constelações como Taurus, Orion e Plêiades.
O mais chocante foi a descoberta de corpos possivelmente decapitados e uma pedra que aparenta descrever o choque de um meteoro com a Terra.
Muitos estudiosos acreditam que Gobekli Tepe seja o berço da religião e possivelmente da agricultura.

Fig. 7: Este é o templo mais antigo encontrado pelo homem na atualidade, situado em Gobekli Tepe, Turquia, próximo ao monte Sinai.








Muito provavelmente a religião ariana se desenvolveu nesta região, sendo assim inspiração para as religiões politeístas do mundo oriental antigo.
Lá se encontra o templo mais antigo ainda de pé na face da terra.
Por volta de 8000 A.C. a cidade foi abandonada e soterrada deliberadamente por alguém.
Parece que há muita coisa escondida ainda debaixo de nossos pés.

Os Sumérios (5500-4000 A.C.)
Adoradores de vários deuses, com uma mitologia integrada a vários povos do mundo por muitos séculos, eram os Sumérios.
Por volta de 5500 A.C. e 4000 A.C. a região ao sul da Mesopotâmia (terra entre rios) foi colonizada, formando a primeira grande civilização documentada da história (posteriormente dominada pelos Babilônios, pelos Assírios e pelos Persas).
Os sumérios criaram a contagem, sendo o número doze muito importante pois eles usavam as falanges dos dedos (menos o polegar) para fazer contas. Este número se tornou muito importante para toda a civilização humana.
Também criaram cidades com leis próprias e o carro sobre rodas.
Apesar de a região ser povoado à milhares de anos, a civilização Suméria só tomou forma realmente no período de Uruqu entre 5300 e 4100 A.C. com o surgimento da vida urbana na cidade que dá nome a este período.
Uruk se tornaria mais posteriormente Babilônia.

Fig. 8: Escavações em Uruk, o centro do mundo à 6 mil anos atrás.








 
 Os sumérios assistiriam ainda ao primeiro império surgir na região (Eannatum de Lagash por volta de 2500 A.C.) e a invasão pelos semitas akkadianos. Os semitas eram formados por povos que falavam a língua semítica e entre eles estavam os arameus, os assírios, os babilônios, os hebreus, os fenícios e os caldeus.
Bem, a briga entre estes povos sem dúvidas vêm de milhares de anos atrás, explicando assim a necessidade do povo Hebreu se tornar um reino unido e forte.
A crença da religião Suméria era de que a criação do universo foi tida quando Nammu (um abismo sem forma)enrolou-se sobre si mesmo iniciando uma auto procriação, gerando os primeiros viventes An (deus do céu), Antu (deusa da Terra) e Zuri (deus do equilíbrio entre as dimensões). Como esta civilização tão antiga já tinha esta noção de dimensões e universo, aí já é outra história.
O panteão Sumério é enorme, contendo deuses como El, An, Ishkur, Enki, Antu, Anlil entre outros.
Ninrode, bisneto de Noé que construiu a torre de babel era também um sumeriano.
Gostaria de destacar aqui a Epopeia de Gilgamesh, um poema da Mesopotâmia que é a reunião de contos sumérios sobre o deus Gilgamesh, datado provavelmente de 2000 A.C. e reunidos no século XVII AEC pelo rei Assurbanípal.
Este conto relata a história de Utnapistim, que foi encarregado pelo deus Enki para construir uma arca e colocar dentro a sua família, bebês de animais e grãos para que fosse o preservador da vida, já que a terra seria ferida por um dilúvio e todos os que não estivessem na arca seriam mortos.
Assim como o texto Hebreu, esta história vinha sendo transmitida pelas gerações de forma verbal, sendo escrita muito tempo depois de já existirem.

Os Hebreus (2000 A.C.)
Um povo inteiro escolheu fazer pacto com Deus: os Israelitas.
O povo Hebreu (povo do outro lado do rio) também era um povo Semita, assim como os árabes, os babilônicos, os assírios, os caldeus e os fenícios, e acampava na região próxima à Suméria, na Terra da atual Palestina, as margens do rio Jordão.
A origem do povo semita se confunde com a origem do povo Etíope. Alguns historiadores afirmam que os semitas saíram da Etiópia para a região da Suméria, enquanto outros afirmam que os semitas chegaram a Etiópia com o rei Salomão.
A descoberta dos pergaminhos do Mar Morto em 1947 D.C. (farei postagens das minhas pesquisas sobre isto mais abaixo) nos revelaram mais sobre o povo hebreu.
Segundo relato bíblico, a origem do povo Hebreu está em Ur, onde moravam Terá e seu filho Abraão.
A primeira referência sobre os Hebreus documentada data de 1200 A.C. no reinado do Faraó Merneptah. Nesta época um povo conhecido como ismaelitas habitavam na região da atual Palestina (na bíblia, os ismaelitas são os decendentes de Ismael, que compraram José filho de Jacó e o venderam no Egito). Os próprios Hebreus se chamavam de Israelitas.

Fig. 9: Ruínas da antiga Jericó, aparentemente a cidade mais antiga do mundo, com estimativa de organização à 11.000 anos atrás. Jericó é conhecido como Ārīḥā (perfumado) ou ainda Yareah (lua, ou deus da lua, ou casa do deus da lua). 

 

Alguns estudiosos afirmam que Abraão chegou a Canaã por volta de 2000 A.C.
Outros afirmam que o povo Hebreu, fugindo da seca, tenha migrado para o Egito por volta de 1750 A.C. e sendo libertados da escravidão Egípcia por Moisés em 1250 A.C.
Em 1030 ou 1010 A.C. eles teriam o seu primeiro rei, Saul. Porém ele não reinou sobre toda Israel. Este feito ficou para Davi.
Após a morte do rei Salomão em 926 A.C., os Hebreus se dividiram, tornando-se um reino mais fraco. Isto facilitou a captura deles pelos Assírios em 772 A.C. e pelos Babilônios em 609 A.C.
Este com certeza foi o povo que mais soube aproveitar o divino para se sobressair em sua região.
O Crescente Fértil foi disputado ferozmente, dado o crescimento populacional na região e os grandes rios que o cercavam. Sendo assim, apenas um povo unido em seus ideais poderia sobressair dentre tantos povos.
Inicialmente a cidade de Jericó conseguiu este feito primeiro, mais tarde sendo tomada pelos Hebreus, que cansados de serem subjugados, aprenderam a importância em ter um Rei Sagrado e à usar a crença no divino para amedrontar e subjugar.
Inicialmente os Hebreus dividiam esta crença com os outros povos cananeus, idolatrando vários deuses com El, Baal e Asherah e a crença nas histórias sumérias da criação do mundo, daí a semelhança entre as histórias contidas no antigo testamento com as histórias sumérias.
As tentativas em tornar o monoteísmo oficial foram muitas: Ezequias quebrou ídolos e a serpente de bronze feita por Moisés (2 Reis 18, 4), Abrão confrontou seu pai, um fabricante de ídolos: "Então Abrão retrucou: “Ouça com seus ouvidos o que sua boca está falando. Se são apenas estatuas que não pode andar, falar e nem se mover; por que te prostas para adorá-las?" (Passagem do Torá), e Josias queimou os altares de baalins e as imagens do sol (2 Crônicas 34, 4) dentre outros.

A Babilônia (1900 A.C.)
O povo Babilônico, constituído de Amoritas oriundos do sul do deserto árabe, foi conquistando aos poucos a região da Mesopotâmia. Porém o império passou a ser chamado de Babilônia por causa da sua capital, estabelecida na cidade de mesmo nome.
O imperador Hamurabi da Babilônia instituiu o primeiro código de conduta conhecido na história. Uma estela de 2,13 metros que ficava exposta em alguma das cidades da antiga Babilônia.
Os estudos da estela revelam que este povo estava mais evoluído do que o povos medievais da Europa do século V depois de Cristo.
As leis contidas nesta estela regiam o comércio, o matrimônio, a agricultura, o empréstimo garantido, os castigos e continha a lei de talião (olho por olho e dente por dente), que antecedia as leis de Moisés, mas provavelmente foram concebidas de uma mesma fonte.
Nabucodonosor I foi o último imperador da Babilônia, que foi tomada pelos Assírios, um povo guerreiro e com armas avançadas para as guerras da época.
Este império Assírio chegou a tomar conta também do Egito e da Palestina, porém foi sobrepujado pelos caldeus em 616 A.C. e após a morte do rei Assírio teve erguida uma nova Babilônia.
Nabucodonosor II foi o imperador mais influente neste novo império. Ele reconstruiu a Babilônia, os jardins suspensos e uma nova torre de babel. Durante o seu império Babilônia se tornou o maior centro comercial e a mais bela cidade da época.

 Fig. 10: Ruínas da Babilônia, no atual Iraque.








 
Em 609 A.C., os Hebreus tiveram Judá invadida e em 598 A.C. foram obrigados a seguir como cativos para a Babilônia.

Os Persas (558 A.C.)
Império Iraniano de Alquemênida
Quando o povo Persa se sentiu oprimido pelas altas taxas de impostos cobradas pelos Medos, em 558 A.C. Ciro II, o Grande, resolveu enfrentar os Medos e tomar toda a região da Mesopotâmia.
Ciro respeitava as tradições e religiões dos seus conquistados, e devolveu aos Hebreus a sua terra em Jerusalém em 538 A.C.(ver Esdras 1:1-11 e 6:3-5).


 Fig. 11: Guerreiros Persas











Como contexto histórico, foi durante este reinado que Heródoto, grego conhecido por ser o “pai da história”, visitou a África e escreveu um relato completo sobre o que viu m seu Livro II sobre a História (veja mais em https://books.google.com.br/books?id=5O8mDwAAQBAJ&pg=PT769&lpg=PT769&dq=grego+que+visitou+a+%C3%A1frica&source=bl&ots=2Ta5V2-Cmg&sig=MPAXLiEpRz8f7dSrGFB08DIkH-s&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjk6ObDhKHbAhUFgpAKHahVAo0Q6AEIQjAC#v=onepage&q=grego%20que%20visitou%20a%20%C3%A1frica&f=false
Neste livro Heródoto relata grande admiração pelas criações de algumas regiões da África, em meio é claro de algumas críticas também.
Do povo Persa surgiu Zoroastro, que pregou a existência de um só Deus soberano e criador.
Zaratustra ou Zoroastro foi um profeta e poeta Persa nascido, provavelmente, no século VII A.C. Este profeta estava meditando quando um ser indescritível chamado Vohu Mano (A Boa Mente) o levou para um lugar onde se encontravam outros sete seres que o esperavam. Neste lugar, Boa Mente disse a Zoroastro que Deus criador queria compartilhar sua divindade com os seres que Ele havia criado, e que tudo o que nós humanos precisávamos poderia ser encontrado dentro de nós mesmos.
Descendem do Zoroatrismo a crença no paraíso, na ressurreição,  medo do juízo final e vinda de um Messias.
Informações mais completas de como pode ter sido a influência para esta religião você encontrará em https://ensaiosenotas.com/2018/11/02/zoroastrismo-o-louvor-ao-bem/


Os Helenos (336 A.C.)

A religião politeísta mais comentada e talvez a mais estudada é dos Helenos.
A Grécia antiga não era um país limitado por fronteiras. Assim as crenças e as religiões de suas Cidade-estados se misturavam e não tinham uma unidade.
A religião suméria tem uma grande porcentagem na constituição da religião Helênica.
Porém a maior influência grega foi a ilha de Creta nos períodos das civilizações Minóica e Micênica (idade do bronze).
O período da civilização minóica, aproximadamente no ano 2000 A.C., influenciou às crenças da civilização micênica, que por sua vez influenciou o panteão grego.
Os minóicos tinham uma religião matriarcal onde cultuavam a deusa da fertilidade e a deusa dos animais e da colheita, além de cultuarem o toro e cultivavam o mito do labirinto do minotauro.
Não se sabe ao certo como esta civilização acabou de uma hora para outra, mas a teoria mais aceita é de que o grande vulcão Thera tenha dizimado a ilha entre 1650 e 1450 A.C. (também acredita-se que os fatos narrados sobre as pragas do Egito no antigo testamento bíblico tenham sido causados por este vulcão. Preste atenção: não se diz que Deus não fez tudo o que foi narrado. Significa que o homem precisa de elementos físicos para entender o que se passa a sua volta).
Quanto a civilização Micênica (quando os Indo-europeus tomaram a Ilha de Creta), a quantidade de deuses aumentou, porém a mulher não perdeu o seu valor para a religião ainda.
Isto até Apolo matar Píton e tomar conta do Oráculo, subjugando assim a feminilidade dentro da religião grega.
A Grécia demoraria mais um pouco para se tornar um império.
Alexandre, o grande, se tornou o rei da Macedônia por direito em 336 A.C. quando esta já dominava a Grécia Antiga.
Alexandre conquistou o império Persa, a Síria e o Egito, espalhando a cultura Grega pelo mundo e incorporando as crenças de outros povos à sua, quando deu início ao Helenismo.

Em meu blog oimaterial.blogspot.com mostro como, ainda assim, nenhum desses grandes povos  serviu à um Deus que é Amor.

4. Criacionismo e Racionalismo

Mas o homem chegou a essas regiões de alguma forma, eles vieram de algum lugar que foi comum a todos os povos. Isto é aceito com unanimidade por todas as teorias.
A resposta mais aceita para a existência do homem por milhares de anos é a do criacionismo. Nós fomos projetados e criados, e não surgidos do acaso.
Assim como os universos.
Com o surgimento do racionalismo, novas teorias surgiram com bases científicas, descobertas arqueológicas e paleontólogas e suas interpretações.
Para esta linha de raciocínio não existiu um primeiro humano na terra, mas sim espécies foram evoluindo para dar origem ao ser humano como conhecemos.
Há muito tempo atrás, surgia na terra o homo erectus, a 1,5 milhão de anos atrás, ou um pouco mais.
Fósseis desta espécie foram descobertos na África, na Europa e na Ásia. Na África foram feitas descobertas que têm milhares de anos, como por exemplo o “menino de Turkana”, um esqueleto bem mais completo do que os achados até então de um menino com cerca de dez anos de idade que viveu há 1,6 milhão de anos atrás no Quênia.
O homo neanderthalensis viveu em nosso planeta entre 230 e 30 mil anos atrás, e fabricava armas, caçava, erguia acampamentos e enterrava seus mortos com homenagens.
Já o Homo Sapiens surgiu a cerca de 300 a 250 mil anos atrás na África.
Estes viveram por muito tempo ao lado dos Neandertais e dos Erectus, porém não há nenhum elo entre o homo sapiens e os outros dois grupos de hominídeos.
Achei desnecessário comentar sobre os Proconsul e o Plesiadapis.
A forma como os seres vivos se parecem com relação ao DNA apenas prova que fomos criados por um mesmo Deus, e que este Deus vêm nos adaptando a cada ciclo terrestre para que possamos habitar neste planeta.
Mas tudo isto é uma análise física, visível e natural.
Análise dos antigos esqueletos sugerem que a nossa espécie foi única a falar na face da terra. Assim como também a desenvolver pensamentos abstratos e simbólicos, criando a partir de então pinturas e imitando sons da natureza.
Ao chegarem na Europa, o homem já tinha todas estas aptidões.
Estudos do genoma humano mostram que Haplogrupos diferentes partiram da região central da África para outras regiões do planeta (haplogrupos do cromossoma Y determinados pelas diferenças no ADN-Y que designa grupos que compartilham de um ancestral comum). (ver divisão dos Halogrupos em http://www.avph.com.br/homosapiens.htm)
Prefiro não me aprofundar sobre este estudo porque algumas pessoas o usa para diferenciar raças, cor e descendência, tentando justificar o seu preconceito, mesmo sabendo que a sua descendência mais óbvia é a do Halogrupo L3, disseminado a partir da África para outras regiões do planeta.
Em setembro de 2016 foi publicada pelo jornal Nature uma série de análises genéticas concluindo que todos os povos não africanos descendem de uma única população africana que surgiu entre 50 e 80 mil anos atrás.(ver https://www.nytimes.com/2016/09/22/science/ancient-dna-human-history.html?_r=1)
Voltando ao divino, como as histórias e as crenças aram transmitidas por via oral através das gerações, acredito que as origens das crenças mitológicas do mundo no berço da humanidade.
Na África.

5. África

Neste capítulo apresento uma breve pesquisa sobre contos e religiões africana.
Breve por causa da dificuldade em obter informações sobre este continente, sendo que um estudo preciso seria feito na própria região, tendo acesso aos responsáveis por guardar a história.
Porém antes de continuar com esta leitura, tenha em mente os seguintes fatos:
1- Os povos residentes neste imenso continente são povos extremamente humanos, com qualidades e defeitos como qualquer outro povo do planeta.
2- Coisas fantasiosas, demônios e criaturas bizarras foram inventadas pelo pensamento colonizador para que o mundo acreditasse que os povos africanos não eram humanos de verdade.
3- Os povos africanos têm muita história para contar, muitos mitos seus espalhados pelo mundo moderno e também, na mesma quantidade e qualidade, muita evolução e desenvolvimento para oferecer ao mundo.
A cultura humana começou a muito mais tempo do que se imaginava. E foi na África, diferentemente do que se pensava.
Ha 77 mil anos atrás os decendentes humanos já pensavam de forma abstrata, conforme revelam descobertas feitas no sítio de Blombos, na África do Sul.
Até então pinturas rupestras haviam sido encontradas apenas na Europa, datando de um pouco mais de 35 mil anos (ver http://civilizacoesafricanas.blogspot.com/2010/01/africa-e-o-berco-da-inteligencia-humana.html)
Antes disso já haviam sido encontradas na África jóias de pelo menos 50 mil anos de idade.
As informações coletadas mostram que as culturas dos povos africanos geralmente incorporam tradições e inovações, com fortes traços de uma sabedoria antiga transmitida através das gerações e elementos novos desenvolvidos pelas novas gerações e adquiridos também através do contato com outras culturas.
Tudo isto não seria novidade, se não fosse o fato da gigante sabedoria escondida neassas tradições.
Esta claro que nesta região foram entregue o Espírito, a alma e a consciência de que o homem dispõe.
A consciência de humanidade que alguns povos africanos têm, assemelhando-se a mesma consciência compartilhada com os sábios Ameríndios, é algo que só agora algumas outras culturas do mundo começaram a perceber.

Antigas Civilizações Africanas
Grandes civilizações espalharam sabedorias por toda a África, e não apenas no Egito como muitos pensam:
Império de Wagadu (830 A.C.- 1235 D.C.) onde hoje se encontra o atual Mali ocidental, Império de Aksum (100 D.C.- 940D.C.) onde hoje existem a Eritreia e a Etiópia, Império do Mali (1230 D.C.-1600D.C.) no atual Mali, Império do Congo (século XIV da nossa era)onde hoje estão a República Democrática do Congo, República do Congo e noroeste de Angola, Império Songhai (séculos XV e XVI)era um império gigante que tomava atuais nove países africanos,Império de Zimbábue (séculos XI e XIII) na atual África do Sul, Império Oyo Yorubá (1400 D.C. – 1835 D.C.) na atual Benim e África Ocidental e Reino de Benin (sáculos XII e XIII) onde hoje se encontram Nigéria, Camarões e o próprio Benin.
Estes foram alguns dos Impérios muito desenvolvidos e com grande influência no mundo, porém pouco conhecidos devido a ideia colonialista dos Europeus e a afirmação errônea de supremacia das culturas europeias e orientais sobre as outras do mundo.
Vou começar este estudo com o reino de Kush, um dos reinados da Núbia antiga. Mentuhotep II, governante do Egito no século XXI A.C., registrou campanhas contra Kush nos dias 29 e 31 de seu reinado. Esta é a primeira referência egípcia a Kush. Os egípcios controlavam a região do atual Sudão, antigo reino Kush entre os anos 1539 A.C e 1075 A.C. e retirou de lá muito ouro.
Porém, segundo estudos arqueológicos, a região do vale do Nilo já era habitada desde o Paleolítico (ver https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/civilizacoes-africanas-da-antiguidade-vale-do-nilo-e-peninsula-somali.htm).
A religião politeísta dos Kush foi influencia, assim como também foi influenciada pela religião Egípcia.
Antes do reinado Kush, as primeiras civilizações a se formarem na região datam de aproximadamente 3100 A.C., antes mesmo da primeira dinastia do Egito.
Por volta de 3300 a.C., a Núbia formou o primeiro aglomerado do Alto Egito e, segundo os estudiosos, contribuiu para a unificação do vale do Nilo.
Neste reino havia certa democracia, onde os líderes das comunidades escolhiam os seus reis e as mulheres ocupavam um papel importante no reinado, principalmente a mãe do rei.
Provavelmente também nesta região se desenvolveu a arte em manipular o ferro.
Sua religião, assim como no Egito, acumulava muitos mitos antigos, cultos a elementos da natureza e um panteão muito grande de deuses.
Por um grande período esse reinado foi governado por rainhas Candances, dentre as quais acredita-se que pertencia a rainha Sabah, esta que teria tido um filho com o rei Salomão e este filho dado origem ao reinado de Axum, (ver http://aladebaianas.com.br/i/novidades/22-candaces-rainhas-negras-da-etiopia-antiga.html).
A Etiópia é considerada o mais antigo dos berços da humanidade (o fóssil mais antigo de um homem moderno havia sido encontrado lá. Em junho de 2017 foi encontrado um fóssil datado de aproximadamente 300 mil ano no atual Marrocos, no norte do continente africano), e o sítio arqueológico de Adúlis, localizado onde existia o mais importante porto para o comércio entre África e Arábia, é um sítio muito importante no meu ponto de vista, já que essa travessia entre os dois continentes pelo Mar Vermelho é carregado de histórias e significados.
Foi um pouco mais ao sul desta travessia que o primeiro homem saiu da África.
E foi em algum ponto bem ao norte desta mesma travessia que os Hebreus fugiram do Egito.
Posteriormente desenvolveu-se neste país a civilização de Aksum, segundo eles, com reis descendentes diretos do rei Salomão.
Este reino falava a língua semita Amárica (não confundir com o idioma Aramaico, porém as duas vêm da mesma origem semita).
Por isso o meu interesse por esta região.
http://mitologiasafricaoriental.blogspot.com.br/2013/02/mitologia-da-nubia-sudao.html
(continua…)
http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/africa-1-reino-de-kush/ – Blog: Ensinar História – Joelza Ester Domingues
https://seuhistory.com/microsite/raizes/news/oito-grandes-imperios-africanos-que-voce-provavelmente-nao-conhece
http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2009/12/civilizacao-nok.html
http://cnncba.blogspot.com.br/2008/08/majestosa-civilizao-de-cush.html
https://istoe.com.br/fossil-humano-mais-antigo-da-historia-e-encontrado-em-israel/

6. O Homem e Suas Crenças no Século XXI

Apesar da impressão, este estudo é mínimo e carece ainda de informações, algo que buscarei e pretendo, em breve, publicar um livro completo sobre isto.
Em meu outro blog "oimaterial.blogspot.com", escrevo sobre as maravilhas à mim reveladas através de um contato místico com o Amor, sem ideologias ou crenças religiosas. Espero que este também te ajude em sua busca.
Mas afinal, o que podemos considerar depois deste estudo aqui publicado? Qual a influência das antigas religiões controlam nossas religiões atuais? Quais conceitos são considerados verdadeiros e quais são descartados por nossos teólogos?
Quantas pessoas dirão que sou anticristo e estou tentando destruir tudo o que as igrejas fizeram por nós até hoje, desmerecendo o que nos foi ensinado ou tentando justificar de forma científica as ações de Deus.
E quantos ateus lerão estes textos e verão fábulas mentirosas, lendas encantadoras e superstições narradas por líderes ambiciosos atrás de poder e controle?
Afinal, tudo não passa disso? Busca por controle sobre a humanidade?
Para isto, foi usado o nome de Deus diversas vezes em nossa história.
Para isto, foram controladas as literaturas importantes, guardadas em bibliotecas escondidas pelo mundo, durante milhares de anos.
Para isto, fica estritamente proibida de forma divina a dúvida sobre qualquer livro religioso que tenho o título de "sagrado".
Para isto, ficam divinamente justificados estes preceitos:

Machismo
No antigo Egito, Ísis era a deusa da vida, responsável pela fertilidade humana e considerada mãe de todos os outros deuses. Ísis era irmã e esposa de Osiris.
Para os romanos antigos, a deusa Hera era a deusa da maternidade, irmã e esposa de Zeus.
Entre o hinduísmo, sempre existiram muitas deusas. Porém a grande mãe deusa é Devi, esta representada por diversas manifestações.
Por volta de 1000 Antes da Era Comum (A.C.), os arianos começaram a restringir os cultos às deusas, sendo permitido apenas cultos e templos apenas dedicados aos deuses.
Como também entre os Hebreus. Em um determinado momento, a Matriarca também tinha voz ativa. Elas foram profetizas e juízas, porém com a influência de povos estrangeiros (principalmente os gregos), este contexto deu lugar ao machismo.
Assim, mulheres passaram a ser punidas e subjugadas.
O Matriarcado dava lugar ao Patriarcado.

 Monoteísmo
Já vimos que na região conhecida como Crescente Fértil nasceu a escrita, a agricultura, o sedentarismo e as grandes religiões monoteístas.
Na cidade de Ur (cidade localizada ao sul do Rio Eufrates), Terá, pai de Abrão, ouviu o chamado de Deus para migrar em direção a Canaã (terra que ia do sul da Síria até o Egito).
E segundo algumas pistas encontradas, Abrãao viveu na Mesopotâmia (atual Síria e Iraque) por volta do ano 2000 A.C., na era do bronze e dos grandes Patriarcas (ver https://super.abril.com.br/historia/saiba-o-que-a-ciencia-ja-descobriu-a-respeito-do-abraao-historico/).
Como o povo de Abraão era semi-nômade, não tinha direito a ficar permanentemente nas terras de Canaã, pelas leis humanas regentes na época.
Difícil saber com precisão quando o Politeísmo deixou de existir para os Hebreus.
E provavelmente a crença monoteísta proferida por Abraão teve muita resistência entre os politeístas, sendo que em 586 A.C., quando os israelitas foram exilados na Babilônia, muitos ainda acreditavam em vários deuses.
Ainda no Crescente Fértil, Zaratustra ou Zoroastro, por volta de 600 A.C. teve a revelação de que o bem e o mal eram coisas separadas e apenas o bem havia sido criado por Deus. Além disso, Zoroastro também teve a revelação de um Deus que amava a todos os povos do planeta, um Deus universal, algo defendido séculos antes por um Faraó do Egito.
Amenófis IV (1367-1350 A.C.), considerado o primeiro intelectual da história, pertencia a décima oitava dinastia egípcia e declarou que Aton, até então um deus secundário na mitologia egípcia, era o deus único e criador de todos os povos da terra.
O predomínio religioso marcado com a presença de um Deus único, o qual o rei submetido a este Deus tinha total poder sobre todos os outros povos, dava poder supremo e inquestionável ao monarca já que o seu Deus subjugava aos outros deuses, para se tornar único.

Intolerância Religiosa
Assim nasceu a intolerância religiosa, onde apenas o Deus aos qual um determinado povo serve é o verdadeiro, independente se em outro lugar este Deus tenha se apresentado de outra forma. (ver Freud, Sigmund “Moises e o monoteísmo, Esboço de Psicanálise”).
Surgiu a necessidade em perseguir e derrotar as outras religiões.
O que é místico passou a ser demoníaco.
A segregação sempre predominou a sociedade humana. O homem é tribal, regionalista.
Dificilmente nós conseguimos nos enxergar como sendo parte de algo maior. Uma unidade maior.
Sendo assim, parece importante que o homem proteja as suas fronteiras, preserve a cultura do seu povo e faça do seu povo o maior do mundo.
Os romanos, no começo da era cristã, perseguiam os cristãos.
Continua…1